Definitiva ou temporária, saiba todos os segredos desta arte milenar!
Uma breve história da tattoo…
Muito antes de o marinheiro Popeye enfeitar seus braços musculosos com uma âncora, os japoneses já se dedicavam � arte de
desenhar corpos. Uma agulha ligada a uma haste de bambu levava os
pigmentos para baixo da pele, criando flores, bichos, símbolos
religiosos e guerreiros. Os egípcios também usavam a tatuagem como
adorno. O próprio faraó Ramsés III, ou melhor, a sua múmia, depois de
quase 4 mil anos, ostenta ainda hoje, toda orgulhosa, tattoos cheias de significados indecifráveis.
O que os arqueólogos
ainda não conseguiram explicar foi o mistério da múmia congelada,
encontrada há alguns anos no Tirol, região montanhosa entre a Itália e a
Áustria. O “Homo Tirolensis”, como foi batizado esse habitante que
viveu na região há milhares de anos, trazia na pele desenhos muito
parecidos com os do faraó egípcio. Apesar do enigma, os estudiosos têm
certeza de uma coisa: os dois não freqüentaram o mesmo tatuador, até
porque viveram em épocas diferentes e moravam há milhares de quilômetros
de distância um do outro.
Já os povos polinésios usavam a tatuagem não apenas como enfeite, mas
como uma espécie de carteirinha de identidade. Um chefe tribal, por
exemplo, seria capaz de reconhecer um outro porque trazia em seu corpo
uma marca semelhante � sua.
Fadinhas e flores
A diferença entre meninos e meninas aparece até na hora de se escolher a
tatuagem. Oito entre dez garotas dão preferência a desenhos delicados.
As românticas se ligam em pequenas rosas, orquídeas, begônias ou
bichinhos como borboletas, colibris, joaninhas e cavalos-marinhos. As
divertidas apelam para os cartoons, com a carinha do Mickey ou do Pato
Donald. As mais místicas escolhem fadas, duendes
e anjinhos. Já as sofisticadas adoram os ideogramas japoneses, uma
mistura de duas ou mais “letras” que formam um significado – o de “boa
sorte”, por exemplo.
Os lugares preferidos das meninas são, quase sempre, meio escondidos e
sensuais: nuca, alto das costas, finalzinho da espinha e até virilha.
Serve também o tornozelo, seio e barriga, logo abaixo do umbigo. Neste
jogo de esconde-esconde, algumas mais ousadas descobrem uma boa
diversão.
A marca do herói
Difícil mesmo vai ser você encontrar um garoto “enfeitado” por alguma
margarida ou coração. Sem essa de delicadeza. O negócio dos garotos é
ilustrar a pele com desenhos maiores e bem visíveis. Para isso é que
servem os dragões, águias, serpentes e ninjas.
Às vezes, fica provado que os “brutos” também amam. No auge da
paixão, alguns meninos mandam tatuar o nome ou as iniciais da namorada
dentro de um coração flechado. A história só fica complicada quando o
amor acaba. Aí, o garoto tem duas saídas: arrumar outra com o mesmo nome
ou pedir para o seu tatuador dar um jeito de disfarçar o lapso, criando
por cima outro desenho.
E por falar nisso, o que será que Johnny Depp fez com a sua tão
famosa tattoo Winona forever? O forever, coitadinho, durou muito menos
do que esperava ou queria. Se ele, por exemplo, tivesse mandado tatuar o
brasão de seu time de futebol favorito, como fazem muitos dos nossos
garotos, não enfrentaria esse tipo de problema…
Tem para todos
Se você está pensando mesmo em fazer uma tattoo, é melhor conhecer
bem as várias opções. Há os decalques, as descartáveis, as definitivas.
Mas é bom ficar sabendo desde já: caso você seja menor de idade, nada
feito… Pelo menos enquanto não convencer seus pais a lhe darem uma
autorização por escrito. A lei não permite que menores de 18 anos sejam
tatuados sem o consentimento de seus responsáveis.
Decalque colorido
Você faz parte da turma que acha lindo uma tatuagem, mas não quer de
jeito nenhum marcar a sua pele para sempre? A melhor saída é se enfeitar
com as falsas tattoos, feitas com decalques coloridos. Você pode
encontrá-las em bancas de jornais ou papelarias. Motivos não faltam: há
beija-flores, joaninhas, buquês de rosas, anjinhos e diabinhos, todos
“prontos” para deixá-la “tatuada” no lugar que preferir. E você pode
variar quando quiser. Para aplicar a falsa tatuagem é fácil: basta
umedecê-la antes de colocar o decalque. O único porém é que, em geral,
ela sai ao primeiro esfregão com a toalha. Nem dá tempo de enjoar – aí
você aproveita para usar as outras que se encontram na cartela.
Descartáveis
Existe uma outra técnica, feita com pincéis e tintas atóxicas � base
de água, ou as canetinhas do tipo hidrocolor, que ficam em sua pele por
no máximo um mês. Isso se você tomar bastante cuidado e não esfregar o
local com sabonete, toalha ou areia de praia. Depois do desenho pronto, é
colocado um verniz especial para protegê-lo. A técnica, parecida com
uma pintura feita em tela, tem alguns inconvenientes. Primeiro, é
difícil encontrar quem faça os desenhos temporários. Também dá quase o
mesmo trabalho que as tatuagens permanentes e duram muito pouco tempo.
Além do mais, em geral não custam barato.
Definitivas
É melhor a gente avisar de saída: antes de encarar, pense bem, mas
muito bem mesmo. Como o próprio nome diz, tatuagem definitiva é para o
resto da vida. Se um dia você se arrepender, como acontece com muitas
pessoas, vai dar um trabalhão removê-la e, na maioria das vezes, os
resultados não são satisfatórios. Por mais que a medicina tenha avançado
nesse campo, ainda não se conseguiu um método cem por cento eficaz para
contentar os corações dos arrependidos.
A tattoo permanente é feita pelo tatuador com uma maquininha
elétrica, na qual se coloca na ponta uma agulha que leva os pigmentos
até a derme – a segunda camada da pele, mais profunda que a epiderme
superficial. Por isso é que a pintura se torna permanente. Feita a
escolha do desenho, o tatuador o transfere para o local desejado com uma
caneta ou um papel apropriado, fazendo uma espécie de esboço inicial.
Só depois disso é que ele começa a aplicar as tintas especiais
(pigmentos minerais atóxicos) ponto por ponto, até completar todo o
desenho. Mesmo que seja feita com o maior cuidado, a região da tatuagem
fica sensível nos primeiros 15 dias.
Nesse período, nada de praia com sol e banhos de mar. Esqueça também a
piscina e não caia na tentação de cutucar as casquinhas que irão se
formar. E lave sempre o local com sabonete anti-séptico, aplicando
depois um creme hidratante. Qualquer sinal de anormalidade, consulte um
dermatologista.
Aviso importantíssimo: antes de entregar a sua pele, procure um
profissional seriíssimo no assunto. Certifique-se primeiro se ele usa
agulhas e tintas descartáveis. Sem isso, não tem negócio. As agulhas e
pigmentos utilizados em outras pessoas podem trazer bactérias que
provocam infecções e até mesmo vírus transmissores de doenças como a
hepatite e a Aids. Outra dica: um bom tatuador trabalha com luvas e
máscaras, como manda a lei. Além disso, mantém no seu local de trabalho –
que deve ser rigorosamente limpo – estufa para esterilização e cestos
de lixo apropriados.
Como me livrar daquela tattoo…
Se você quiser tirar uma tatuagem definitiva, a escolha do tratamento
vai depender do tamanho do desenho e do local onde foi feito. Os
dermatologistas podem optar por técnicas como raspagem com sal para
sugar a tinta, lixas que provocam abrasão, nitrogênio líquido que
congela a área fazendo com que a pele se solte, cirurgia para tatuagens
pequenas e até o laser. Mas nenhuma delas garante a remoção total do
desenho.
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